segunda-feira, 21 de outubro de 2013

População teme novos ataques em transporte de Mauá

Polícia faz patrulhamento no terminal Guapitiba e nos percursos das linhas de ônibus atacadas.
(Fonte da imagem: Andris Bovo - ABCD Maior)
CLAUDIA MAYARA - ABCD Maior: Apesar do reforço policial no itinerário das cinco linhas da Sunzantur garantir a normalização da circulação do transporte público de Mauá até a manhã desta segunda-feira (21/10), a população ainda teme por novos ataques de vandalismo. A escolta policial foi implantada, após sete ônibus da nova empresa, contratada em caráter emergencial pela Prefeitura, serem atacados – quatro foram incendiados e três apedrejados – na manhã deste sábado (19/10).

“Fico com receio de usar, mas não tenho outra escolha”, avaliou a aposentada Sebastiana Maria da Silva, 62 anos. A situação é a mesma para a cuidadora Lindinalva Cavalcante Silva, 46 anos, que viu os ônibus serem incendiados. “Estava saindo para trabalhar quando vi o fogo nos ônibus, tive que pegar o trem. Mas não acho justo os passageiros pagarem pela briga entre as empresas de transporte”, analisou.

Motoristas e cobradores da empresa Sunzantur disseram se sentir seguros diante da medida. “Temos visto os policiais nas ruas e desde então, graças a Deus, nada aconteceu. Tudo está tranquilo, por isso não temos medo”, avaliou um dos funcionários, que preferiu não se identificar. De acordo com policiais, para garantir tal tranquilidade, o comando da PM suspendeu, por tempo indeterminado, os dias de folga da corporação.

O acompanhamento policial nos itinerários é uma iniciativa do gabinete de gestão de crise montado para apurar as ocorrências, garantir a prestação do serviço da nova empresa contratada e a segurança dos passageiros. O grupo possui membros da Prefeitura e das polícias Civil e Militar.

Rescisão - Mauá contratou a Suzantur em caráter emergencial e respaldada por uma ação judicial depois de rescindir contratos com as duas atuais concessionárias – Leblon e Viação Cidade de Mauá – na última sexta-feira (18/10). De acordo com a Prefeitura, as empresas foram declaradas inidôneas por fraude no sistema de bilhetagem, além de não cumprirem os contratos, manterem uma frota sucateada e sem conforto para o usuário, não cumprirem os horários e nem as exigências por uma prestação de serviço mais qualificado.

Os ônibus estão circulando em cinco linhas da cidade (31 – Parque São Vicente, 41 – Vila Mercedes, 89 - Zaíra Radial, 101 – Jardim Itapark e 131 – Jardim Itapeva), antes atendidas pela viação Cidade de Mauá. A meta é substituir toda a frota que serve o município nos próximos meses.

No entanto, as duas empresas continuam em operação na cidade por meio de liminar que obtiveram na Justiça. A Prefeitura pretende recorrer à decisão. A ideia é que a Administração retome o controle do sistema, hoje nas mãos da iniciativa privada. Até novembro, o prefeito Donizete Braga pretende enviar para a Câmara projeto que cria a MauáTrans, para gerenciar o transporte público.

Fonte: ABCD Maior

Por: Daniel Santana

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