sábado, 31 de agosto de 2013

Cuiabá regulamenta fim da dupla função

Lei que proíbe dupla função entra em vigor em 90 dias. Em Várzea Grande proibição é pela Justiça, mas intermunicipais permitem a prática.
(Fonte da Imagem: Magno Santos)
ADAMO BAZANI – CBN: A lei municipal que proíbe a dupla função no setor de transportes, pela qual o motorista dirige o ônibus e cobra passagem ao mesmo tempo, já foi publicada no Diário Oficial de Cuiabá e deve entrar em vigor em 90 dias.
A aprovação da lei teve como um dos incentivos as manifestações de rua por parte da própria população.
De acordo com o texto da lei, um dos principais objetivos da medida é a segurança. O fato de manipular o dinheiro ou mesmo ter de verificar problemas nas catracas eletrônicas durante a viagem tira a atenção dos condutores, aumentando o risco de acidentes.
A Associação Matogrossense dos Transportes Urbanos – MTU – que reúne as empresas de ônibus disse que as companhias não possuem mais profissionais com dupla função desde o primeiro semestre, quando a Justiça proibiu que motoristas dirijam e cobrem ao mesmo tempo.
No entanto, a aprovação da lei é importante, pois regulamenta definitivamente a proibição. No caso da decisão judicial, poderia haver recurso para revertê-la.
No município da região metropolitana, Várzea Grande, por decisão do juiz Fernando Miranda Rocha, da 3ª Vara da Fazenda Pública do Município, desde segunda-feira, motoristas não cobram mais passagens. No entanto, os passageiros só podem usar bilhete eletrônico.
Para as linhas intermunicipais, a dupla função ainda é permitida no Mato Grosso. No mês de julho, o governador Silval Barbosa vetou projeto de lei da Assembléia Legislativa que tinha o objetivo de impedir a condução do ônibus e a cobrança de passagem pelo mesmo profissional ao mesmo tempo. Ele alegou que a proibição traria gastos às empresas.
Além de maiores riscos de acidentes, a dupla função pode aumentar o estresse dos motoristas causa polêmicas junto a Justiça do Trabalho, já que é um profissional trabalhando por dois, com o mesmo salário ou no máximo, uma bonificação.
Já quem defende a dupla função, alega que com a bilhetagem eletrônica, hoje o cobrador fica ocioso boa parte das viagens.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Fonte: Blog Ponto de ônibus

Por: Daniel Santana

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Colisão entre ônibus deixa 8 feridos em São Bernado do Campo - SP

A colisão envolvendo ônibus intermunicipais da Viação ABC e municipal da SBC Trans ocorreu na manhã desta segunda-feira (26/08), na praça Giovanni Breda, em São Bernardo.
(Fonte da Imagem: Adonis Guerra)
CLAUDIA MAYARA - ABCD MAIOR: De acordo com informações dos Bombeiros, uma colisão envolvendo ônibus intermunicipais da Viação ABC e municipal da SBC Trans, na manhã desta segunda-feira (26/08), na praça Giovanni Breda, Bairro Assunção, em São Bernardo, deixou ao menos oito pessoas feridas. O estado das vítimas ainda é desconhecido.

O acidente ocorreu por volta das 7h50 desta segunda. De acordo com testemunhas, dois ônibus, um intermunicipal e outro municipal, estavam parados em um ponto de ônibus na praça quando um veículo intermunicipal da Viação ABC não conseguiu frear e atingiu a traseira de um dos ônibus parados. Com a força do impacto, os veículos atingiram o ônibus parado mais a frente.

Ainda não se sabe as causas do acidente. Procurados, os motoristas envolvidos da colisão não quiseram se pronunciar sobre o ocorrido. Comerciantes localizados em frente do local do acidente descreveram a colisão como um barulho forte.

Os bombeiros informaram ainda que do total de vítimas, quatro foram encaminhadas ao PS (Pronto Socorro) Central, duas para o PS Assunção e quatro socorridas pelo Samu. O caso será registrado no 3º DP (Distrito Policial) da cidade.

Fonte: ABCD Maior

Por: Daniel Santana

Edição: Caio Millenium BRT Leblon Mauá - SP

Ficou muito bonito, mas o veículo que foi de teste da Leblon foi o Millenium BRT articulado.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Baltazar, Constantino, Leste 4, Jacob Barata entre escândalos nacionais dos transportes

Apesar de ter dívidas e bloqueios que justificariam cancelamentos dos contratos, donos de viações continuam operando na base de manobras, como troca de nomes de companhias, e do medo que os prefeitos possuem dos empresários.
(Fonte da Imagem: Jefferson F.)
ADAMO BAZANI – CBN: Prefeituras de São Gonçalo, Mauá e Santo André, por exemplo.
Segundo o jornal O GLOBO, a Rio Ita, por exemplo, tem débitos de R$ 19,9 milhões com a União. No ABC Paulista, ainda segundo O GLOBO, o empresário Baltazar José de Sousa é um dos maiores devedores da União. Apesar disso, suas empresas, em recuperação judicial, atuam livremente em linhas intermunicipais e municipais de Santo André e Mauá, porém sem qualidade.
As maiores dívidas de empresários de ônibus, incluindo 49 empresas e 17 pessoas físicas, somente em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, chegam a R$ 2,8 bilhões. Isso equivale a 342 vezes mais que os recursos investidos no primeiro semestre no programa “Mobilidade Urbana e Trânsito” do Ministério das Cidades.
Não bastassem os empresários de ônibus atuarem sem regularidade fiscal, há ainda dois grandes problemas: várias cidades do País ainda não fizeram licitação nos transportes e alguns municípios contribuem para a concentração dos serviços nas mãos de poucos empresários.
Das 26 capitais e Distrito Federal, 13 capitais não têm os serviços licitados e várias regiões metropolitanas. A reportagem de O GLOBO, assinada por Alessandra Duarte e Carolina Benevides, cita o caso da área 5 da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, correspondente ao ABC Paulista, cujo um dos maiores operadores é Baltazar. No Sudeste, a única capital ainda não licitada é Vitória, no Espírito Santo.
Mesmo onde houve licitação, há suspeitas de manobras para os serviços continuarem concentrados sob responsabilidade de poucos empresários, como as companhias participantes serem registradas em nomes de familiares destes donos de viações.
No Rio de Janeiro, a licitação de 2010 ainda levanta polêmicas de favorecimento ao grupo liderado por Jacob Barata, considerado o Rei dos Ônibus.
Apesar de a Prefeitura ter dito que a licitação teve um dos objetivos evitar cartéis, Jacob Barata Filho aparecia como sócio em sete empresas de ônibus e 12 empresários tinham participação em mais de uma empresa.
O TCM – Tribunal de Contas do Município arquivou o caso, que agora é discutido de novo na CPI dos Transportes do Rio de Janeiro.
No Distrito Federal, o Ministério Público apura possível manobra para que a família de Constantino de Oliveira, o Nenê Constantino, concentrasse mais de um lote operacional, o que foi proibido pelo edital. São apuradas as vitórias da Viação Piracicabana e da Viação Pioneira.
Segundo o Secretário de Transportes do Distrito Federal, José Walter Vazquez Filho, o fato de os donos da Piracicabana e Pioneira serem parentes não significa que sejam do mesmo grupo econômico.
Constantino possui o Grupo Comporte e é líder do Grupo dos Mineiros, que não é um grupo oficial, mas é formado por empresários com atuações muito próximas e que em diversos momentos se tornam sócios, como o Baltazar José de Sousa, Ronan Maria Pinto, Renato Fernandes Soares, Mário Elísio Jacinto.
Alguns nomes novatos no transporte coletivo por ônibus se referem a ex funcionários de Constantino, como David Barioni Neto, que em 2012 assumiu a presidência da empresa de ônibus Viação Estrela de Mauá, fundada por Baltazar, ex executivo de Constantino da Gol Linhas Aéreas. A Estrela de Mauá está impedida pela Justiça de operar em Mauá, porque segundo os juízes, ela perdeu a polêmica licitação da cidade que era monopolizada por Baltazar José de Sousa.
A Estrela de Mauá chegou a ter 130 funcionários e operou por 13 dias depois de uma manobra da Prefeitura de Mauá, derrubada pela Justiça.
“A empresa sabe de sua situação e a contratação e a demissão dos funcionários já eram esperadas. Estes trabalhadores foram usados para uma manobra que desde início os controladores da Estrela sabiam que não poderia dar certo” – disse um representante do grupo de Baltazar que, por questões de segurança, não pode ser identificado.
Em São Paulo, o secretário Jilmar Tatto, admitiu concentração do sistema nas mãos do grupo de José Ruas Vaz.
Ruas, hoje com a Ambiental Transportes, participa também da área 4, do Consórcio Leste 4, considerado o pior de prestação de serviços em São Paulo.
A Ambiental é a segunda pior empresa da cidade de São Paulo. A pior é a Itaquera Brasil, novo nome da Viação Novo Horizonte, formada por um grupo de ex perueiros liderado por Gerson Sinzinger e Vilson Ferrari.
Conforme adiantaram o Blog Ponto de Ônibus, o Canal do Ônibus e a Rádio CBN de São Paulo, O GLOBO também fala da prática de alguns empresários, com restrições trabalhistas e tributárias, que mudam os nomes de suas viações para continuarem nos sistemas de transportes.
A manobra é fácil, mas pode ser evitada.
Simplesmente o empresário cria uma nova companhia sem débitos anteriores e continua operando. Nada muda, inclusive ônibus e funcionários, mas no papel, a empresa é nova.
Os débitos e restrições ficam com o nome antigo e as causas trabalhistas se arrastam por anos.
A Novo Horizonte foi alvo do Ministério do Estado de São Paulo de uma ação civil pública por má prestação de serviços, suspeitas de desvios de recursos e enriquecimento ilícito dos diretores.
O nome Itaquera Brasil foi criado neste ano. Mas os ônibus, os funcionários, as garagens e os maus serviços continuam os mesmos.
Práticas semelhantes foram feitas por Baltazar José de Sousa na licitação de Mauá, que não podendo concorrer com as bloqueadas Viação Barão de Mauá e Viação Januária, criou a Viação Cidade de Mauá, Viação Estrela de Mauá e Trans-Mauá. O Ministério Público do Estado determinou em 2006 a abertura de uma licitação na cidade do ABC Paulista. Em 19 de abril do mesmo ano, Baltazar criou as três empresas. A licitação só ocorreu em 2008 e só foi concluída em 2010.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Por: Igor Dias

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Baltazar corre para se livrar da falência

Companhia é uma das 33 empresas do Grupo de Baltazar que tentam escapar da falência por problemas trabalhistas. Empresário ganhou um prazo a mais.
(Fonte da Imagem: Adamo Bazani)
ADAMO BAZANI – CBN: O empresário de ônibus do ABC Paulista, Baltazar José de Sousa, que segundo o Ministério Público Federal está foragido com prisão decretada pela Justiça Federal por crimes contra a ordem financeira, também corre contra o tempo para não ter 33 empresas levadas à falência.
Mas o grupo de Baltazar ganhou um tempo extra para tentar escapar do fechamento das companhias, como EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André, Viação Cidade de Mauá e Viação São Camilo, além de viações que não estão mais operando, mas que mantém os registros abertos, como Viação Januária e Viação Barão de Mauá.
A 5ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho de Manaus, no Amazonas, analisa o processo de recuperação judicial do grupo que se não for concluído pode culminar na falência das companhias para garantir pagamentos de débitos trabalhistas da Soltur – Solimões Transportes e Turismo Ltda, que também tem participação do empresário do ABC Paulista.
No último dia 10 de julho, a Justiça do Amazonas prorrogou por mais 90 dias o prazo para que as empresas apresentem as quitações dos débitos trabalhistas e um plano de recuperação. O pedido foi feito pela defesa do Grupo Baltazar.
O processo está sob responsabilidade do juiz Rosselberto Himenes e a correria agora de defesa é provar que o grupo tem condições de se reestruturar.
Praticamente todas as companhias têm ações trabalhistas e débitos fiscais, passando por imbróglios judiciais.
O processo possui documentos relacionados a audiências de conciliação e processos de empresas como Viação Cidade de Mauá e EAOSA.
Segundo a Justiça do Amazonas, as seguintes empresas fazem parte da recuperação judicial e correm risco de falência: DEFIRO O PROCESSAMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL DAS EMPRESAS pertencentes ao GRUPO BALTAZAR: 1) VIAÇÃO BARÃO DE MAUÁ LTDA, 2) VIAÇÃO DIADEMA LTDA, 3) VIAÇÃO JANUÁRIA LTDA, 4) PRINCESA DO ABC LOCADORA DE VEICULOS, 5)TRANSPORTES TURISMO COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA, 6) VIAÇÃO SÃO CAMILO LTDA, 7) AUTO VIAÇÃO TRIANGULO LTDA, 8) VIAÇÃO CAPITAL DO VALE LTDA, 9)VIAÇÃO RIBEIRÃO PIRES LTDA, 10)BJS TRANSPORTES, OBRAS, SERVIÇOS, COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA, 11)HELEMI TRANSPORTADORA TURISTICA LTDA, 12)TRANSPORTES JAÓ LTDA, 13)REAL AMAZONAS TRANSPORTES LTDA, 14)TAZA COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA, 15)VIAÇÃO TUPÃ LTDA, 16)VIAÇÃO CIDADE DE MAUÁ LTDA, 17)VIAÇÃO IMIGRANTES LTDA, 18) MAUÁ OBRAS E SERVIÇOS LTDA, 19)VIAÇÃO RIACHO GRANDE LTDA, 20)TRANSPORTADORA REAL SÃO PAULO LTDA, 21)EMPRESA URBANA SANTO ANDRÉ LTDA, 22)VIAÇÃO REAL LTDA, 23)EMPRESA AUTO ÔNIBUS SANTO ANDRÉ LTDA, 24)BARRATTUR TRANSPORTES E TURISMO LTDA, 25)EMPRESA DE ÔNIBUS SÃO BENTO DE UBERABA LTDA, 26)VIAÇÃO CAMPO LIMPO LTDA, 27)EMPRESA DE ÔNIBUS SANTO ESTEVAM LTDA, 28)VIAÇÃO JARAQUI DA AMAZONAS LTDA, 29)VIAÇÃO URBANA TRANSLESTE LTDA, 30)TRANSTAZA RODOVIÁRIO LTDA, 31)EMPRESA GUARATUBA LTDA, 32)TRANSMIL TRANSPORTES COLETIVOS DE UBERABA LTDA, 33)VIAÇÃO IZAURA LTDA
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Por: Daniel Santana

domingo, 11 de agosto de 2013

Apache S21 - Viação Cidade de Mauá

(Fonte das Imagens: GTA Bus ABC)
(Fonte da Imagem: Ônibus Brasil - Rafael Oliveira)

Autor:Law3D
Rodas:Itachi
Interior:Law3D & Itachi
Painel:Weverton Edit by:law3D
Skin VIAÇÃO CIDADE DE MAUÁ:RONALDO DE SIQUEIRA
http://gtabusabc.blogspot.com/

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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Obras no centro da cidade de Mauá - SP

Obras causam transtorno no centro da cidade de Mauá em São Paulo, provocando transito por precisar de desvios.
                                  

Estrela de Mauá: ônibus aguardam liberação da Setran

Ônibus da Estrela de Mauá, com pintura padrão de Mauá, aguardam liberação da Secretaria Municipal de Transportes – Setran, de Imperatriz, para começarem a operar pela Viação Branca do Leste, no Maranhão. Empresa é de Mário Elísio Jacinto, do Grupo dos Mineiros e parceiro de negócios do fundador da Estrela de Mauá, Baltazar José de Sousa, hoje procurado pela Justiça.
(Fonte da Imagem: Paulo Negrão)
ADAMO BAZANI – CBN: Os ônibus da Viação Estrela de Mauá, empresa criada por Baltazar José de Sousa, sendo presidida desde 2012 por David Barioni Neto, apenas aguardam a vistoria da Setran – Secretaria Municipal de Trânsito, de Imperatriz, no Maranhão, para começaram a operar pela empresa VBL – Viação Branca do Leste.Os ônibus reúnem duas grandes confusões jurídicas de grupos empresariais interligados, tanto em Imperatriz (Maranhão) como em Mauá (São Paulo):
EM IMPERATRIZ -
Em 10 de julho, a Prefeitura de Imperatriz rompeu contrato com a VBL – Viação Branca do Leste por má prestação de serviços e falta de qualidade na frota, comprometendo a segurança dos passageiros. Os veículos, que eram usados do ABC de empresas como SBCTrans, Triângulo, ETCD, Imigrantes e Riacho Grande, chegaram a ser apreendidos pela Polícia Rodoviária, Ministério Público e Polícia Militar.
A suspensão de contrato foi pedida pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Imperatriz que num inquérito civil de 1500 páginas apontou o descumprimento de pelo menos 13 cláusulas de contrato de concessão.
A VBL – Viação Branca do Leste tem dívidas trabalhistas de R$ 71,5 milhões e de 300 funcionários da companhia, 81 não tinham carteira assinada. O Ministério Público do Trabalh conseguiu que a Justiça bloqueasse os bens da empresa para o pagamento das dívidas, incluindo a frota antiga.
A Justiça do Maranhão determinou nesta semana que a empresa voltasse a operar para a população não ficar com risco de não ter os transportes garantidos. Mas o contrato pode ser suspenso de novo. A procuradora geral de Justiça, Regina Lúcia de Almeida Rocha, ingressou nesta quinta-feira com mandado de segurança contra a decisão da desembargadora Cleonice Silva Freire, que na prática restabeleceu o contrato e liberou os ônibus. Segundo o Ministério Público, não foram respeitados os procedimentos de um agravo de instrumento, já que a Prefeitura de Imperatriz não foi colocada como parte interessada, impedido o poder público municipal de se manifestar.
Além disso, houve supressão de instância para o Ministério Público. A ação jurídica não contestava a decisão administrativa, que sequer tinha sido protocolada e a matéria deveria ter sido analisada pela justiça no primeiro grau.
Mas a história relacionada aos novos ônibus começa em Mauá.
EM MAUÁ:
A Viação Estrela de Mauá, apesar de tentar juridicamente ainda entrar na cidade do ABC Paulista, está impedida por diversas instâncias da Justiça de prestar serviços.
Os ônibus foram retirados do pátio anexo da garagem da Princesinha, no Jardim Zaíra 4, em Mauá, na noite do último domingo.
Em 2006, o Ministério Público de São Paulo obrigou a realização de uma licitação em Mauá, cuja operação de ônibus era considerada inconstitucional. O monopólio dos serviços na cidade de mais de 400 mil habitantes pertencia a Baltazar José de Sousa, dono das empresas Viação Barão de Mauá e Viação Januária.
Mas estas duas empresas não poderiam participar da licitação por estarem com dívidas trabalhistas, bloqueios judiciais e débitos com o poder público, como a Branca do Leste. Então, ainda em 2006, segundo a Junta Comercial de São Paulo, Baltazar José de Sousa, criou no dia 19 de abril três empresas de ônibus para participarem da licitação: Trans-Mauá, Viação Cidade de Mauá e Viação Estrela de Mauá.
A licitação, entretanto, só foi realizada em 2008
Funcionários da Barão de Mauá e Januária, como Anicesar Antônio de Santana e Vicente de Paula Carvalho, homens de confiança de Baltazar, eram registrados nas duas empresas até o dia 20 de maio de 2008. No dia seguinte, passaram a ser representantes da Estrela de Mauá e Trans-Mauá. Funcionários da Barão e Januária retiraram o edital para a Trans-Mauá e Estrela de Mauá.
Para desconfigurar a imagem de monopólio, proibido pela lei de licitações 8666/93 e pelo próprio edital da cidade, a Estrela de Mauá foi repassada para Anísio Bueno e Anísio Bueno Júnior em 2008.
A licitação dividia o município de Mauá em dois lotes. O lote 01 foi vencido, praticamente sem concorrência pela Viação Cidade de Mauá, de Baltazar. O lote 02 teve a licitação iniciada em 2008 e só finalizada em 2010, porque nele teve concorrência de fato. Além das empresas fundadas por Baltazar (Estrela de Mauá e Trans-Mauá) entrou na disputa a Leblon Transporte de Passageiros, de Haroldo Isaak e Ronaldo Isaak, cuja família trabalha com ônibus desde 1951, em Fazenda Rio Grande, e no sistema de corredores BRT e estações-tubo em Curitba, no Paraná.
Após disputas nos tribunais, o Superior Tribunal de Justiça considerou a Leblon Transporte como vitoriosa por ter experiência técnica, diferente das empresas criadas por Baltazar, que nunca haviam operado. Em maio de 2010, foi assinado pela Prefeitura o contrato de concessão por 15 anos, com reconhecimento da Justiça. A Leblon começou a operar em 06 de novembro de 2010.
Mas a Estrela de Mauá continuou tentando operar e judicialmente ainda não desistiu disso.
Em 11 de julho de 2012, ingressou como presidente da Estrela, David Barioni Neto, ex executivo do empresário Nenê Constantino, o Constantino de Oliveira, fundador da Gol Linhas Aéreas e envolvido em outras polêmicas relacionadas a transportes por ônibus em todo o País.
Nada coincidentemente, dois dias depois, em 13 de julho de 2012, a Estrela de Mauá, em poucas canetadas, num procedimento que duraria meses, foi habilitada pela Prefeitura junto com a Trans-Mauá e considerada vencedora de uma licitação que já tinha sido concluída há dois anos. A Prefeitura, na época, alegou que seguiu determinação do STJ – Superior Tribunal de Justiça. Mas o STJ negou e a Justiça desfez o ato administrativo.
Em 27 de dezembro de 2012, outra tentativa da Prefeitura de Mauá de colocar a Estrela. Foi assinado um contrato, justamente nas férias do judiciário, para a companhia fundada por Baltazar e presidida por David Barioni, operar sobrepondo as 18 linhas servidas pela Leblon Transporte.
As duas empresas faziam as mesmas linhas. A atitude foi elogiada por editorial do jornal local Diário do Grande ABC, de Ronan Maria Pinto, dono de empresas de ônibus do ABC Paulista e parceiro de negócios de Baltazar. Mas na prática significou confusão e maus serviços. O jornal de Ronan elogiou, mas ele não dividiu suas linhas com o empresário Sebastião Passarelli, de Santo André, que se queixa, por exemplo, da apropriação da linha de maior demanda da cidade I-05 – Estação Utinga/Vila Rica.
Quando os juízes voltaram de férias, viram que o ato da Prefeitura de Mauá em colocar a Estrela de Mauá foi ilegal e a Justiça determinou a retirada dos ônibus no lote 02, o que ocorreu 13 dias depois do início da operação.
Apesar de o prefeito Donisete Braga (PT), do Secretário de Mobilidade Urbana, Paulo Eugênio Pereira (PT) e de David Barioni terem sido intimados a tirar os ônibus da Estrela de Mauá, ela só saiu em 10 de janeiro de 2013, após intervenção da Polícia Militar.
A Estela de Mauá perdeu 12 recursos contra a Leblon.
A RELAÇÃO DE IMPERATRIZ COM MAUÁ:
Os ônibus da Estrela de Mauá não são mais zero quilômetro, mas rodaram pouco. Os veículos Volvo B 270 F, de carroceria Mascarello Gran Via, com três eixos, sofreram danos por não estarem adequados às vias acidentadas de Mauá. Alguns ficaram entalados em aclives e declives.
A presença deles pode melhorar a qualidade dos serviços em Imperatriz, mas indica que o Grupo dos Empresários Mineiros está mais vivo e unido que nunca.
Lidera o Grupo Constantino de Oliveira, o Nenê Constantino que nos anos de 1980 entrou no ABC com outros empresários parceiros e teve como empregado David Barioni Neto, que preside a Estrela de Mauá.
Entre eles, Baltazar José de Sousa (hoje procurado pela Justiça Federal com mandado de prisão expedido por crimes contra a ordem econômica), Mário Elísio Jacinto (dono da Viação Branca do Leste e que foi sócio de empresas no ABC, como Transportadora Utinga e Viação Januária com Ronan até 1992, segundo a Juta Comercial de São Paulo). Também figuram Renato Fernandes Soares, Renê Gomes de Sousa e Ronan Maria Pinto. Ronan foi investigado pelo Ministério Público de São Paulo como um dos participantes do suposto esquema de propina que teria motivado o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002. Mas a Polícia Civil considerou o crime como comum, apesar de o Ministério Público não concordar com a conclusão. Ronan sempre alegou inocência e diz ter provado que nunca participou de qualquer esquema, continuando a investir nos transportes do ABC.
René Gomes e Renato Fernandes Soares junto com Baltazar tiveram os bens bloqueados por causa de dívidas de empresas que operaram em São José dos Campos, interior Paulista, como Viação Capital do Vale, Empresa de Ônibus São Bento e Viação Real Ltda. Na mesma ação teve os bens bloqueados a Transmil, empresa do Grupo em Uberaba, Minas Gerais,
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Por: Igor Dias

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Parte dos ônibus da Estrela de Mauá está em Goiás. Ônibus podem operar no Maranhão

Frota deve ser usada em empresa de Mário Elísio Jacinto no Maranhão, parceiro de negócios de Baltazar José de Sousa, criador da Estrela de Mauá.
(Fonte da Imagem Marco Antônio Chaves)
ADAMO BAZANI – CBN: Parte dos 84 ônibus da Viação Estrela de Mauá foi fotografada em Goiânia, Goiás, nesta terça-feira.A empresa fundada por Baltazar José de Sousa e presidida por David Barioni Neto está proibida pela Justiça de operar no município de Mauá, na Grande São Paulo.
No final de dezembro e início de janeiro, por ato administrativo da Prefeitura de Mauá, a Estrela sobrepôs as linhas da Leblon, vencedora da licitação do lote 02 da cidade. O ato, no entanto, foi considerado ilegal pela Justiça e os ônibus foram recolhidos depois da intervenção da polícia militar.
Em junho, a Estrela demitiu 130 funcionários da área operacional. Segundo alguns deles, há atrasos em pagamentos prometidos, o que tem prejudicado os trabalhadores.
Judicialmente, no entanto, a Estrela ainda tenta operar em Mauá, mas já teve 12 recursos negados por diversas instâncias.
Com isso, fica mais forte a possibilidade de os ônibus serem usados na frota da VBL – Viação Branca do Leste, em Imperatriz, no Maranhão.
Segundo a rede Mirante, afiliada da Rede Globo, a empresa se associou à Sião Tur, companhia do local, para renovar a frota.
A VBL – Viação Branca do Leste é de Mário Elísio Jacinto, que pertence ao grupo de empresários mineiros, composto pelo criador da Estrela de Mauá, Baltazar José de Sousa, que está foragido da Justiça Federal por crimes contra a ordem econômica. Fazem parte também do Grupo dos Mineiros Ronan Maria Pinto, Renê Gomes de Sousa, Renato Fernandes Soares e Constantino de Oliveira, o Nenê Constantino.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Por: Igor Dias

sábado, 3 de agosto de 2013

Santo André apresenta ônibus novos e Grana quer licitação na E.M.T.U.

Santo André vai receber neste mês 75 ônibus novos, acessíveis e menos poluentes, da Viação Guaianazes. Com os veículos, idade média da frota cai para 4 anos e acessibilidade sobe para 50% do total dos ônibus em operação.
(Fonte da Imagem: Adamo Bazani)
ADAMO BAZANI – CBN: Com novos ônibus, Santo André vai ampliar oferta de lugares no sistemaMicro-ônibus vão ser substituídos por micrões. Prefeito Carlos Grana diz que a ausência de licitação de intermunicipais atrapalha cidade
A prefeitura de Santo André, no ABC Paulista, e a Viação Guaianazes, do empresário Ronan Maria Pinto, apresentaram na manhã deste sábado no Paço Municipal 47 ônibus novos para o sistema da cidade. Destes ônibus, 22 são do tipo convencional e 25 micrões (maiores que os micro-ônibus e menores que os ônibus comuns).Os veículos fazem parte da frota de 75 ônibus novos que a cidade deve ter ainda neste semestre. Restam ainda 28 ônibus convencionais que vão chegar aos poucos também na Viação Guaianazes.
Atualmente a cidade de Santo André possui 404 ônibus, sendo 201 convencionais.
Os micrões devem substituir uma parte dos micro-ônibus que estão em operação.
“Com a substituição de micros por micrões, podemos por viagens/dia atender cerca de 300 pessoas a mais sem ocupar espaço urbano muito maior” – explicou o diretor da SATrans – Santo André Transportes, gerenciadora dos serviços, Leandro Petrin.
Segundo ele, com a colocação destes novos ônibus, a idade média da frota de Santo André cai para 4 anos.
A renovação corresponde a 20% da frota da cidade.
“Agora, cerca de 50% dos ônibus de Santo André são acessíveis (com elevadores para cadeira de rodas). Nossa meta é elevar este número para cerca de 80%, 90% em três anos. Além disso, os ônibus são menos poluentes, seguindo padrões internacionais que podem reduzir em até 80% a emissão de materiais particulados e possuem bancos mais confortáveis e corredores mais largos” – complementou Petrin.
Já está em negociação a renovação da frota das outras empresas de ônibus. Além de ônibus convencionais e micrões para a ETURSA – Empresa de Transportes Urbanos Rodoviários de Santo André, EUSA – Empresa Urbana Santo André, TCPN – Transportes Coletivos Parque das Nações e Viação Vaz, devem ser colocados novos ônibus articulados no sistema tronco-alimentador de Vila Luzita, operado pela Expresso Guarará.
O secretário de obras e serviços públicos de Santo André, Paulinho Serra, disse que a renovação é um dos passos para a modernização dos transportes a cidade.
“Já investimentos R$ 8 milhões para o Bilhete Único na cidade. Agora os investimentos para esta frota foram de R$ 25 milhões. Temos o projeto de 13 corredores para ônibus na cidade e virão outras ações que vão mudar estruturalmente a mobilidade em Santo André”, disse Paulinho Serra.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Por: Igor Dias