sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Greve na Sambaíba: sindicato não assume paralisação

Nenhum dos 448 ônibus que atendem 44 linhas saiu pela manhã desta sexta-feira. Sindicato não assumiu paralisação. Trabalhadores pedem melhores condições, fim do desconto dos salários por causa de passageiros que descem pela porta da frente e mais segurança.
Ônibus colocados em frente a saída da garagem da Sambaíba, para impedir a saída dos ônibus, os funcionários também furaram os pneus dos ônibus. (Fonte da imagem: Willians Queiroz - Futura Press - Estadão Conteúdo - Portal R7)
ADAMO BAZANI – CBN: Moradores de parte da zona Norte da Capital Paulista, tiveram dificuldades na manhã desta sexta-feira, dia 21 de fevereiro de 2014, por causa da paralisação de funcionários da Garagem 3 da Sambaíba Transportes Urbanos, que fica na Rua João Simão de Castro, número 50, no Parque Edu Chaves.
A garagem 3 possui 448 ônibus que atendem a 44 linhas.
Para amenizar os problemas, a gerenciadora SPTrans – São Paulo Transporte, colocou em prática a operação PAESE – Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência. Ao menos 270 mil pessoas foram prejudicadas.
O PAESE foi acionado para as 30 principais linhas da garagem e conta com 223 ônibus.
A Sambaíba possui quatro garagens na Capital Paulista.
No dia 11 de fevereiro, funcionários da garagem 1 – Rua Elza Guimarães, 589, na Vila Amália, paralisaram 202 ônibus que servem na região 28 linhas.
Os motivos da paralisação são praticamente os mesmos.
Os trabalhadores pedem mais segurança (diversos ônibus da Sambaíba foram alvos de incêndios criminosos), melhores condições de serviço e são contra descontos de salários de motoristas e cobradores pelo fato de as câmeras em alguns ônibus registrarem a descida de alguns passageiros pela porta da frente.
Os profissionais alegam que os passageiros descem pela frente porque de tão lotado que os ônibus ficam, muitos usuários não conseguem chegar às catracas. Mas, mesmo descendo pela frente, eles pagam a passagem com o cartão sendo entregue ao cobrador que gira a roleta, segundo alegação dos grevistas.
São ao menos dez reivindicação. Os motoristas e cobradores também se queixam do fato de não receberem enquanto estão parados na garagem à disposição da empresa, por causa de quebra de ônibus.
A Sambaíba disse que as câmeras instaladas nos ônibus não é para fiscalizar a atividade dos motoristas e sim para garantir a segurança. A empresa de Belarmino de Ascenção Marta, o segundo maior empresário da cidade de São Paulo, nega o não pagamento dos salários dos motoristas que ficam parados nas garagens porque o ônibus quebrou.
O Sindimotoristas – Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo disse que não possui nenhuma relação com esta greve na Sambaíba.
A entidade diz que a greve foi iniciativa dos trabalhadores, incitada por um “cidadão identificado como Bahia e por um ex-diretor do sindicato”.
O Sindimotoristas disse ainda que os diretores do sindicato estiveram na manhã reunidos na cidade de Santa Isabel para discutirem a campanha salarial dos motoristas e cobradores da Capital Paulista.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

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