![]() |
(Fonte da imagem: IcepBrasil) |
As companhias aéreas vão receber verdadeiros “presentes” da equipe da presidente Dilma Rousseff, já que não haverá exigência de contrapartidas.
Através da isenção de tarifas aeroportuárias para passageiros e empresas áreas, o Governo Federal vai bancar 50% do valor das passagens, limitado a 60 assentos em cada trecho de conexão de voos com origem ou destino em cidades do interior, mesmo passando por capitais ou aeroportos de grande movimento.
EMPRESAS AÉREAS NÃO SÃO OBRIGADAS A REPASSAR BENEFÍCIOS PARA OS PASSAGEIROS:
Apesar do grande estímulo que as empresas aéreas vão receber, elas não serão obrigadas a reduzir as tarifas para os passageiros.
Também não haverá nenhum tipo de punição ou restrição caso os passageiros continuem pagando mais e as empresas tendo menores custos.
Na apresentação dos benefícios destinados às companhias, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, disse que acredita no bom senso das empresas e que o mercado vai exigir o repasse dos benefícios ao valor das passagens.
O governo tem como meta atender a 96% da população brasileira com aeroportos a uma distância de 100 quilômetros de uma cidade para a outra.
Em 2015, os estímulos às companhias aéreas vão custar aos cofres públicos federais R$ 1 bilhão, como incentivos iniciais. Os valores podem ser ampliados.
O Governo Federal também vai dispor pelo Fnac – Fundo Nacional da Aviação Civil de R$ 7,2 bilhões para a melhoria da infraestrutura de 270 aeroportos regionais. Os subsídios para metade do valor das passagens também sairão deste fundo.
Em 2013, o Fnac arrecadou R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão da outorga paga pelos concessionários dos aeroportos de Campinas, Guarulhos e Brasília.
Somente com os estudos técnicos para reforma de 26 aeroportos, o Governo Federal já desembolsou R$ 197 milhões.
ÔNIBUS:
Consultados pelo Blog Ponto de Ônibus, diretores de empresas de ônibus, que por enquanto pediram para não ser identificados, sinalizam que o setor vai se movimentar.
“Não queremos que o Governo deixe de incentivar o setor aéreo. O que queremos são condições iguais de competitividade. Apesar de o meu setor não querer admitir explicitamente ainda, essa medida vai sim trazer efeitos nefastos às empresas de ônibus que hoje pagam impostos altíssimos e não contam com infraestrutura adequadas. Hoje eu tenho linhas de ônibus que atolam ainda em estradas de terra. O Governo vai bancar isenção de 50% às empresas aéreas? Então que pelo menos nos deem condições de trabalhar direito, em condições iguais de competitividade e em rodovias e estradas decentes. O resto, a gente se garante” – disse o executivo da empresa interestadual.
“Isso é uma medida eleitoreira de alto custo para a população” – disse outro coordenador de empresa.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
Fonte: Blog Ponto de Ônibus
Por: Daniel Santana
Nenhum comentário:
Postar um comentário