No final do ano, prefeitura alegou que STJ permitiu que o poder público retirasse a empresa Leblon do lote 02. Companhia de ônibus diz que houve interpretação equivocada da administração de Donisete Braga. Movimentos Sociais veem manobra para restabelecimento de monopólio dos transportes.
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(Fonte da imagem: Dom Moreira) |
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(Fonte da imagem: Filipe Rodrigues) |
Ronan Maria Pinto é parente e foi parceiro de negócios no ramo de transportes de Baltazar José de Sousa, empresário que monopolizou o setor em Mauá por 30 anos, antes da entrada da Leblon no lote 02 da cidade, em novembro de 2010.
Baltazar e Ronan também fazem parte do chamado “Grupo dos Empresários Mineiros”, que foi liderado por Constantino de Oliveira, dono da Gol Linhas Aéreas.
Ônibus que eram da Viação Piracicabana do litoral Paulista, pertencente à Constantino, também circulam pelas linhas da Leblon hoje operadas pela Suzantur. Também circulam pela Suzantur ônibus da Viação Estrela de Mauá, companhia criada por Baltazar José de Sousa, para disputar o lote 02 da cidade contra a Leblon. Hoje a Viação Estrela de Mauá é de David Barioni Neto, que foi executivo de Constantino na Gol Linhas Aéreas, antes de ir para a TAM.
A Viação Cidade de Mauá, de Baltazar, e Leblon Transporte, da família Isaak, que não pertence ao grupo, foram descredenciadas porque a prefeitura alega que ambas consultaram dados do sistema de bilhetagem eletrônica de forma indevida.
Mas a versão da prefeitura não é unanimidade nem na própria prefeitura. A corregedora-geral do município, Thais de Almeida Miana, em parecer de 27 de junho de 2013, verificou que as consultas foram treinadas e autorizadas pela prefeitura de Mauá e recomendou uma nova sindicância, mais técnica e menos subjetiva (a atual se baseia mais em relatos testemunhais). O prefeito Donisete Braga ignorou a recomendação.
Ele diz que houve invasão e fraude e que quer implantar um novo modelo de transportes em Mauá para melhorar a mobilidade. Em diversas entrevistas, citou o modelo de Santo André, cujo sistema é operado majoritariamente pelo empresário Ronan Maria Pinto.
No final do ano, durante o recesso do judiciário, Donisete Braga determinou a retirada dos ônibus da Leblon.
Ele alegou que o STJ aceitou pedido da prefeitura. A Leblon Transporte de Passageiros diz que houve interpretação propositadamente equivocada do prefeito.
O que o STJ determinou é que fosse seguida determinação do ex presidente do TJ, Ivan Sartori, que manteve decisão do desembargador Evaristo dos Santos para que a Leblon continuasse operando, de acordo com a empresa.
Movimentos Sociais da cidade, como representantes do “Grupo Política Sim, Patifaria Não” dizem que o descredenciamento da VCM – Viação Cidade de Mauá é de fachada, já que a empresa está à beira da falência por problemas trabalhistas de uma companhia de Baltazar em Manaus e que a ação de Donisete Braga é uma manobra para retomar o monopólio dos transportes na cidade, de forma disfarçada.
Donisete Braga nega e diz que o objetivo é melhorar os transportes.
Na semana passada, Baltazar José de Sousa estava em uma churrascada na garagem comemorando a situação, de acordo com funcionários que por questões de segurança não podem ser identificados.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
Baltazar e Ronan também fazem parte do chamado “Grupo dos Empresários Mineiros”, que foi liderado por Constantino de Oliveira, dono da Gol Linhas Aéreas.
Ônibus que eram da Viação Piracicabana do litoral Paulista, pertencente à Constantino, também circulam pelas linhas da Leblon hoje operadas pela Suzantur. Também circulam pela Suzantur ônibus da Viação Estrela de Mauá, companhia criada por Baltazar José de Sousa, para disputar o lote 02 da cidade contra a Leblon. Hoje a Viação Estrela de Mauá é de David Barioni Neto, que foi executivo de Constantino na Gol Linhas Aéreas, antes de ir para a TAM.
A Viação Cidade de Mauá, de Baltazar, e Leblon Transporte, da família Isaak, que não pertence ao grupo, foram descredenciadas porque a prefeitura alega que ambas consultaram dados do sistema de bilhetagem eletrônica de forma indevida.
Mas a versão da prefeitura não é unanimidade nem na própria prefeitura. A corregedora-geral do município, Thais de Almeida Miana, em parecer de 27 de junho de 2013, verificou que as consultas foram treinadas e autorizadas pela prefeitura de Mauá e recomendou uma nova sindicância, mais técnica e menos subjetiva (a atual se baseia mais em relatos testemunhais). O prefeito Donisete Braga ignorou a recomendação.
Ele diz que houve invasão e fraude e que quer implantar um novo modelo de transportes em Mauá para melhorar a mobilidade. Em diversas entrevistas, citou o modelo de Santo André, cujo sistema é operado majoritariamente pelo empresário Ronan Maria Pinto.
No final do ano, durante o recesso do judiciário, Donisete Braga determinou a retirada dos ônibus da Leblon.
Ele alegou que o STJ aceitou pedido da prefeitura. A Leblon Transporte de Passageiros diz que houve interpretação propositadamente equivocada do prefeito.
O que o STJ determinou é que fosse seguida determinação do ex presidente do TJ, Ivan Sartori, que manteve decisão do desembargador Evaristo dos Santos para que a Leblon continuasse operando, de acordo com a empresa.
Movimentos Sociais da cidade, como representantes do “Grupo Política Sim, Patifaria Não” dizem que o descredenciamento da VCM – Viação Cidade de Mauá é de fachada, já que a empresa está à beira da falência por problemas trabalhistas de uma companhia de Baltazar em Manaus e que a ação de Donisete Braga é uma manobra para retomar o monopólio dos transportes na cidade, de forma disfarçada.
Donisete Braga nega e diz que o objetivo é melhorar os transportes.
Na semana passada, Baltazar José de Sousa estava em uma churrascada na garagem comemorando a situação, de acordo com funcionários que por questões de segurança não podem ser identificados.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
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