quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Multa de R$ 1 milhão à Comec e integração com Araucária acaba

Integração entre a cidade e a capital Curitiba acaba nesta quinta-feira e deslocamentos passam de R$ 3,30 para R$ 5,80 por sentido.
(Fonte da imagem: Jonas de Almeida Cabral)
ADAMO BAZANI – CBN: A Comec – Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, órgão do governo do estado do Paraná que gerencia os transportes metropolitanos, não está passando o Carnaval na folia.
Os técnicos e administradores da gestora analisam como devem fazer para escapar de uma multa diária de R$ 1 milhão estipulada na sexta-feira pela desembargadora Ana Carolina Zaina do TRT – Tribunal Regional do Trabalho.
Os motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e mais 13 cidades que formaM a região metropolitana anunciaram que podem entrar em greve mais uma vez se as empresas de ônibus não realizarem no dia 20 o pagamento do “vale”, um adiantamento de 40% no valor dos salários previsto em convenção trabalhista.
Entre os dias 26 e 28 de janeiro a categoria cruzou os braços pelo mesmo motivo.
A decisão da desembargadora foi tomada na audiência de conciliação de sexta-feira passada que não contou com a presença de representantes da Comec.
As empresas de ônibus metropolitanas alegam que não receberam os repasses referentes às integrações com os ônibus municipais e estariam sem dinheiro em caixa.
A RIT – Rede Integrada de Transporte, que é considerada modelo mundial de mobilidade urbana, passa por uma das maiores crises financeiras da história por motivações políticas.
Estudo da Fipe – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP, encomendado pela Comec com anuência da Urbs – Urbanização de Curitiba S.A., empresa da prefeitura da capital paranaense, confirmou uma distorção já sabida no setor. Os subsídios para as integrações metropolitanas acabavam bancando o prejuízo das linhas urbanas municipais.
A distorção começou em 2012. Enquanto o prefeito era Luciano Ducci, do PSDB, do mesmo partido do governador Beto Richa, não havia indisposições quanto aos subsídios. Agora que o prefeito é opositor, Gustavo Fruet , do PDT, Richa decidiu colocar ordem na casa.
O tiro saiu pela culatra e acertou todos os envolvidos com o tema: governo do estado do Paraná, prefeitura de Curitiba, empresas de ônibus, trabalhadores dos transportes e passageiros.
INTEGRAÇÕES COMEÇAM A SER ELIMINADAS:
Uma das características mais conhecidas da RIT caminha para o fim: o uso de um só bilhete em todas as 14 cidades. Desde este sábado passou a vigorar um passe de papel para as linhas metropolitanas integradas, em 90 dias deve ser implantada bilhetagem eletrônica. O cartão da Urbs com créditos novos só passou a ser aceito nos ônibus municipais. Depois de atuação do Ministério Público do Estado do Paraná, os créditos do Cartão Urbs adquiridos antes de 06 de fevereiro ainda serão aceitos nos metropolitanos por mais seis meses.
Também ocorrem mudanças operacionais, com a redução dos trajetos das linhas metropolitanas para baixar custo.
A integração tarifária continua na maior parte das linhas, mas alguns passageiros já estão perdendo este direito.
A partir desta quinta-feira, dia 19 de fevereiro, quem mora na cidade de Araucária em vez de pagar R$ 3,30 para ir à Curitiba, vai ter de desembolsar R$ 5,80.
A passagem municipal de Araucária cai de R$ 3,30 para R$ 2,50, mas para embarcar num ônibus metropolitano, o que era de graça, o passageiro vai ter de pagar mais R$ 3,30. Por dia, ida e volta o custo será de R$ 11,60.
A integração Ligeirinho/Capão Raso que substitui a linha Curitiba/Araucária desde o último sábado vai acabar.
Outras três possibilidades de trajeto a partir de Araucária serão criadas: até a Alameda Doutor Muricy, outra até Pinheirinho e a terceira até a Cidade Industrial. Nenhuma delas, porém, terá integração gratuita com os ônibus municipais de Araucária.
O fim de outras integrações é estudado pela Comec.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Mauá terá nova faixa de ônibus em março

A partir de março, entrará em operação faixa de ônibus na Avenida Presidente Castelo Branco, principal ligação entre o Centro de Mauá e o Jardim Zaíra.
(Fonte da imagem: Mobilidade Mauá - Google)
FÁBIO MUNHOZ - DIÁRIO DO GRANDE ABC: A partir de março, entrará em operação faixa de ônibus na Avenida Presidente Castelo Branco, principal ligação entre o Centro de Mauá e o Jardim Zaíra. Será o segundo espaço do tipo na cidade: há um ano está em funcionamento via exclusiva na Avenida Barão de Mauá, onde a pista da direita é reservada para os coletivos nos dias úteis das 5h às 8h no sentido Centro e das 17h às 20h em direção ao bairro.

Segundo o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Azor Albuquerque, os horários devem ser os mesmos da faixa da Barão de Mauá. Para proporcionar mais espaço, a Prefeitura deverá proibir o estacionamento. Atualmente, a permissão varia entre dias pares e ímpares. “Vamos melhorar a Zona Azul e utilizar as transversais como opções de parada. Temos de escolher: ou a gente faz o transporte coletivo chegar mais rápido ou deixa a via, que é para circulação, para que as pessoas estacionem.”

Outra mudança prevista é a utilização da Avenida Luís Gonzaga do Amaral como alternativa para o deslocamento entre o Centro e o Zaíra.

Albuquerque estima que, com o novo dispositivo, o tempo de viagem dos coletivos caia pela metade, chegando a 20 minutos em cada sentido. “É inadmissível que um trecho de quatro quilômetros entre os terminais do Centro e do Zaíra seja feito em 40 minutos.” Segundo o titular da Pasta, na Barão de Mauá também foi registrada redução de 50%. Hoje, diz o secretário, o percurso de seis quilômetros entre a estação central e a do Itapeva é feito em meia hora.

Inicialmente, será feito período de adaptação, sem aplicação de multas. Passado esse tempo, os fiscais iniciarão as autuações. Quem for flagrado trafegando pela faixa no horário restrito é multado em R$ 53,20 e perde três pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Desde janeiro do ano passado, 11.687 motoristas foram notificados pela infração na faixa da Barão de Mauá, o que equivale a 32 por dia. Desse total, 9.586 foram feitas por radares eletrônicos e 2.101 por agentes de Trânsito. Segundo a Prefeitura, os dispositivos recebem, em média, 50 ônibus por hora.

APLICATIVO

Até o fim do semestre, a Pasta quer criar aplicativo para smartphones no qual o usuário poderá consultar, em tempo real, a localização e o tempo de chegada do ônibus. Programas semelhantes estão disponíveis em Santo André, São Caetano e Diadema. Toda a frota que está sendo colocada em operação pela empresa Suzantur é equipada com GPS, o que permite o funcionamento da ferramenta.


Por: Daniel Santana

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

STF determina prisão imediata de Baltazar José de Sousa

Justiça determina a prisão do empresário Baltazar José de Souza dono de varias empresas operantes e inoperantes no ABC.
(Fonte da imagem: Divulgação)
ADAMO BAZANI -ASSSESSORIA DE IMPRENSA STF: Por entender que houve abuso no direito de recorrer, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o Habeas Corpus (HC) 126380 e determinou cumprimento imediato de pena imposta ao empresário paulista Baltazar José de Souza. Ele foi condenado a quatro anos de prisão e multa por crimes financeiros e tributários.
Baltazar é considerado um dos maiores devedores individuais da União. Os débitos podem chegar a R$ 1 bilhão, segundo o STF.
O empresário sempre negou crimes financeiros e contestava o valor da dívida.
Antes de acionar o STF, o empresário do setor de transporte urbano da região do ABC paulista teve vários recursos rejeitados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A corte entendeu que o recorrente tinha “intenção procrastinatória” e determinou a baixa imediata dos autos, independentemente do trânsito em julgado, para a execução do julgado.
No HC apresentado ao Supremo, a defesa apontava constrangimento ilegal devido à exigência de cumprimento da pena sem o trânsito em julgado da condenação. Ao analisar o caso, o ministro Luiz Fux observou que o réu pretendia rediscutir no STJ matéria preclusa e inadmissível. “A interposição de sucessivos recursos inadmissíveis com a intenção de procrastinar o trânsito em julgado de sentença penal condenatória implica abuso no direito de recorrer”, pontuou o ministro.
Citando entendimentos anteriores e o artigo 192 do Regimento Interno do STF, o ministro negou o pedido. O dispositivo informa que o relator de HC pode denegar ou conceder a ordem de ofício quando a matéria for objeto de jurisprudência consolidada do Tribunal.
O processo pode ser acompanhado neste link:

Baltazar é dono das empresas EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André, Viação Ribeirão Pires, EUSA – Empresa Urbana Santo André, VCM – Viação Cidade de Mauá, que deixou de operar, e foi fundador da Viação Estrela de Mauá ,que chegou a operar no município de Mauá com autorização da prefeitura em 2013 ao tentar tirar a empresa Leblon de circulação, mas depois foi retirada por ordem da Justiça.
Uma das práticas para os crimes financeiros, segundo o Ministério Público Federal, o que é contestado pelos advogados, é a troca constante de nomes de empresas de ônibus.
Ouça reportagem:
ASSSESSORIA DE IMPRENSA STF-ADAMO BAZANI


Por: Igor Dias