quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Greve em Santo André afeta a população

Funcionários da empresa Viação São Camilo e Urbana alegam falta de pagamento salarial.
(Fonte da imagem: Ônibus e Curtição)
ABCD MAIOR: Aproximadamente 700 funcionários, entre motoristas e cobradores, da empresa Viação São Camilo e EUSA (Empresa Urbana de Santo André) estão em greve, desde às 2h da madrugada desta quarta-feira (21/01), em Santo André. Nove linhas intermunicipais são afetadas e cerca de quatro mil passageiros. Conforme o Sintetra (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários do Grande ABC), o motivo da paralisação é falta de pagamento salarial. A greve segue por tempo indeterminado.

Além dos salários, os trabalhadores alegam que também segue em atraso o pagamento do Vale Alimentação. Além disso, o dinheiro descontado do convênio médico não é repassado para a operadora médica, o que bloqueia o uso do beneficio para os funcionários. Por volta das 12h30, representantes do Sintetra e das empresas estavam em reunião em busca de um acordo para o fim da greve.

Em nota, a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) explicou que solicitou o reforço da frota das linhas das empresas Parque das Nações e Viação São José, que também atendem a região de Santo André, para amenizar o impacto da paralisação aos usuários.

A EMTU esclareceu ainda que a greve afeta as linhas 069, 070, 140, 173 e 323 da Viação São Camilo e as linhas 151, 151DV1, 406 e 432 da Empresa Urbana Santo André. Essas linhas basicamente fazem a ligação entre Santo André e a Capital com uma frota de cerca de 80 ônibus.

De acordo com o Sintetra, na manhã desta quarta, representantes das empresas pediram que os funcionários voltassem ao trabalho e garantiram que tentariam arrumar o dinheiro para pagar os atrasados. Após uma assembleia, os motoristas e cobradores decidiram que só voltam ao serviço, após receber todos os atrasados. Apesar disso, a EMTU garante que até o final da manhã desta quarta, a operação será normalizada.

Fonte: ABCD MAIOR

Por: Igor Dias

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Mauá protesta contra aumento de tarifa e falta de qualidade nos transportes

Mauá protesta contra aumento de tarifa e falta de qualidade de transportes. Grupo pediu redução no valor de R$ 3,50 e mudanças no atual modelo de prestação de serviços, operado por apenas uma empresa.
(Fonte da imagem: divulgação no Facebook)
ADAMO BAZANI – CBN: Dezenas de manifestantes, a maior parte jovens, realizaram nesta quarta-feira, em Mauá, na Grande São Paulo, um ato contra o aumento da tarifa de ônibus para R$ 3,50 e contra o que consideram falta de qualidade nos serviços de transportes coletivos da cidade.
O grupo, que se reuniu nas imediações do terminal de ônibus, acha “absurdo” o valor de R$ 3,50 para Mauá, o mesmo aplicado na Capital Paulista. As linhas de ônibus em Mauá não chegam, em sua maioria, a 16 quilômetros de extensão, nem todos os veículos são acessíveis, a integração municipal é limitada uma hora e pouco utilizada e a conexão com a CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, só possibilita 50 centavos de desconto em cada viagem.
Além disso, o modelo de transportes imposto pela administração do prefeito Donisete Braga, que retomou o monopólio dos serviços na cidade, não agrada apenas aos manifestantes, mas a boa parte dos passageiros.
Apenas a empresa Suzantur faz as 49 linhas municipais que transportam mais de 110 mil pessoas por dia.
A companhia foi colocada pela prefeitura, inicialmente de forma emergencial, depois por uma licitação que reuniu apenas quatro concorrentes (de três grupos), após um polêmico processo de descredenciamento das duas antigas operadoras da cidade: Viação Cidade de Mauá, de Baltazar José de Souza, relacionado com outros empresários que detém ônibus no ABC Paulista há mais de 30 anos, como Ronan Maria Pinto, que também é dono do jornal local Diário do Grande ABC. A outra empresa era a Leblon Transporte de Passageiros, da família Isaak, do Paraná, que não fazia parte do grupo de donos de viações do ABC.
Desde quando entrou em 2010, a Leblon foi alvo de ações judiciais e até ameaças. O monopólio dos transportes da região havia sido quebrado. Em 2013, o prefeito Donisete Braga e o então secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio Pereira, acusaram a Viação Cidade de Mauá e a Leblon de terem consultado dados de bilhetagem eletrônica sem autorização. A acusação não foi unanimidade nem na prefeitura de Mauá e a procuradora do município, Thaís de Almeida Miana, recomendou uma nova sindicância, o que foi ignorado por Donisete e Paulo Eugênio.
Donisete então decidiu retirar a Leblon da noite para o dia após processos judiciais, mas a Viação Cidade de Mauá, de Baltazar, alvo da mesma acusação, teve outro tratamento e foi retirada lentamente, num procedimento que demorou um ano. Na época, a prefeitura alegou que a VCM tinha mais segurança jurídica.
A operadora Suzantur diz que não possui relações com Baltazar e outros empresários do ABC, mas ocupa uma garagem de Baltazar, possui funcionários de gerência e confiança que eram do grupo da região há vários anos, e opera com ônibus usados de diversas empresas, como a Estrela de Mauá, fundada por Baltazar e que também tentou operar no lugar da Leblon, e Guaianazes, de Ronan.
O prefeito Donisete Braga prometeu logo após o resultado da licitação que em dezembro de 2014 a cidade teria 248 ônibus novos. A promessa não foi cumprida e ficou para fevereiro de 2015. Os 300 abrigos nas paradas de ônibus, GPS nos veículos e a possibilidade de a população acompanhar pela internet a localização dos ônibus, como ocorria com a VCM e a Leblon, também não se concretizaram.
Agora Donisete Braga diz que haverá um plano de mobilidade urbana para Mauá pronto em março e ainda negou, novamente, perseguição às antigas empresas.
Mas até o momento, longas esperas nos pontos, excesso de lotação, ônibus que quebram constantemente e sem acessibilidade e despreparo de alguns motoristas e cobradores são realidade enfrentada todo o dia por quem depende dos transportes municipais de Mauá.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Protesto é marcado em Mauá pela falta de qualidade no transporte e pela tarifa alta

Mauá promete protestar contra aumento de tarifa e falta de qualidade dos serviços de ônibus. Troca de empresa também revolta ainda população.
(Fonte da imagem: ilustração Revolução Mauá)
ADAMO BAZANI - CBN: A falta de qualidade nos transportes de Mauá, na Grande São Paulo, e o aumento do valor da passagem de R$ 3,00 para R$ 3,50, causam descontentamento nos passageiros e grupos de movimentos sociais que prometem para esta quarta-feira, dia 07 de janeiro, às 17 horas, uma manifestação em frente à estação de trens da cidade.Os passageiros reclamam que não é justo uma cidade como Mauá, com linhas de até 16 quilômetros e poucas integrações (o desconto com a CPTM é só de 50 centavos por viagem e a bilhetagem eletrônica chamada SIM apresenta falhas) ter o mesmo valor de São Paulo, que tem linhas maiores com até 100 quilômetros de extensão, várias integrações com possibilidade de uso de quatro ônibus em três horas, veículos mais novos e maior desconto no uso conjunto com a CPTM e Metrô.
As mudanças nos transportes da cidade promovidas pela prefeitura também causaram descontentamento.
No ano retrasado, a administração descredenciou as duas empresas de ônibus, Viação Cidade de Mauá, e Leblon Transporte de Passageiros, por supostas consultas aos dados de bilhetagem eletrônica sem autorização. A própria procuradora da prefeitura recomendou uma nova sindicância, o que não foi seguido pelo prefeito Donisete Braga e o então secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio Pereira. O caso ainda é debatido na Justiça.
A Viação Cidade de Mauá, de Baltazar José de Souza, continuou operando por mais um ano depois do descredenciamento. A Leblon, que não pertence aos grupos empresariais de ônibus do ABC, foi retirada de imediato.
O monopólio dos transportes, que era do grupo dos empresários mineiros, foi retomado com a Suzantur, contratada emergencialmente pela prefeitura, sendo declarada vencedora numa licitação que só reuniu quatro interessados pertencentes a três grupos empresariais.
A Suzantur ocupa uma garagem de propriedade do empresário Baltazar José de Sousa e opera com ônibus usados da Viação Estrela de Mauá, fundada por Baltazar e que desde 2010 tentavas tirar a Leblon das operações.
Passageiros dizem que as mudanças feitas pela prefeitura pioraram os transportes em Mauá até agora. A renovação de frota prometida para dezembro não foi completa. O prefeito prometeu a troca de 248 ônibus, mas só foram colocados 70 veículos novos. Há vários com vários anos de uso e sem acessibilidade. A outra empresa Leblon tinha frota nova e todos os ônibus acessíveis.
Os intervalos ainda são longos e as quebras de ônibus por causa de falta de manutenção também são comuns.
A prefeitura promete melhorias para 2015 e a entrega de um plano de mobilidade para março e negou perseguição ao Grupo Leblon de Transportes, do Paraná.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Igor Dias

Confira os novos valores das tarifas intermunicipais na grande São Paulo

Tarifa no Corredor Metropolitano ABD sobe para R$ 3,70 e de Mauá para o Sacomã passageiro pagará R$ 5,50 Valor é para BOM Comum, Vale-Transporte e bilhete magnético.
(Fonte da imagem: Adamo Bazani)
ADAMO BAZANI- CBN: Quem usa os serviços de ônibus e trólebus do Corredor Metropolitano ABD, operados pela Metra, vai pagar a partir desta terça-feira, dia 06 de janeiro de 2015, R$ 3,70 pela passagem comum.O valor até esta segunda-feira era de R$ 3,20.
Já a integração com a CPTM ou Metrõ pelo Cartão BOM que hoje acrescenta R$ 1,65 no valor da passagem, vai aumentar para R$ 1,95, custando R$ 5,65 no total.
Passageiros reclamaram na sexta-feira e neste final de semana a ausência de cartazes ou qualquer outro meio de informação sobre o valor da nova tarifa dentro dos coletivos. A reportagem esteve em alguns dos veículos e não viu os avisos.
O Corredor Metropolitano ABD tem dois ramais: um de 33 quilômetros ligando Ferrazópolis (São Bernardo do Campo), Diadema a Jabaquara (zona Sul de São Paulo), passando por Santo André e pelo Terminal Sônia Maria (Mauá) e outro de 12 quilômetros entre Diadema e a estação Berrini da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, na zona Sul da Capital Paulista.
São 13 linhas, entre principais e derivações, que transportam 5,5 milhões de passageiros por mês.
Este novo valor é para o Cartão BOM Comum, Cartão BOM Vale-Transporte e para quem paga com o bilhete de papel com tarjeta magnética.
Estudantes que antes pagavam R$ 1,60 passam a desembolsar R$ 1,85.
As tarifas das outras linhas de ônibus intermunicipais que servem a região metropolitana de São Paulo também sobem nesta terça-feira.
A linha da EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André entre Mauá (Jardim Zaíra) até o Sacomã (São Paulo) passa a ter tarifa de R$ 5,50. A linha seletiva entre Diadema e Mauá passam a custar R$ 8,25.
Para saber o novo valor da passagem de cada linha, é possível acessar o seguinte link:https://blogpontodeonibus.files.wordpress.com/2015/01/adamo-bazani-emtu-intermunicipais.pdf
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Igor Dias

Aumento da passagem gera o que falar e população insatisfeita no ABC

Postos de recarga lotam na Capital e Grande São Paulo. Passageiros tentaram colocar créditos um dia antes dos aumentos das tarifas. Manifestações estão marcadas para a Capital e ABC.
(Fonte da imagem: Adamo Bazani)
ADAMO BAZANI - CBN: Um dia antes do aumento do valor das passagens de ônibus na Capital e no ABC Paulista, passageiros correram nesta segunda-feira, 05 de janeiro de 2015, para pagarem o valor antigo da tarifa recarregando os créditos de viagens nos bilhetes eletrônicos.“É um absurdo este valor (de R$ 3,50). Além de ser muito, a qualidade dos ônibus é péssima. Tenho de usar ônibus em Mauá e em Santo André. Mauá ficou uma porcaria depois que o prefeito (Donisete Braga) colocou essa empresa (Suzantur). Tenho de carregar um cartão em Mauá e outro em Santo André” – disse Natan Félix de Sousa, que mora em Mauá e trabalha em Santo André. Ele precisa usar um ônibus municipal em Mauá, um trem e outro ônibus municipal em Santo André.
Natan estava na tarde desta segunda-feira entre as dezenas de pessoas que lotavam o único posto de recarga dos bilhetes de Santo André na sede na AESA – Associação das Empresas do Sistema de Transporte de Santo André.
Não há integração entre os sistemas municipais do ABC Paulista. A integração entre trem e ônibus na cidade de Mauá permite apenas 50 centavos de desconto por limite.
Apesar das ausências de integrações entre os sistemas e do desconto entre trem e ônibus ser bem menor que dos ônibus de São Paulo e o sistema metroferroviário, seis cidades do ABC Paulista vão, a partir desta terça-feira, 06 de janeiro de 2015, aplicar o mesmo valor que na Capital Paulista: R$ 3,50. A extensão das linhas do ABC é menor do que as da capital paulista e o tempo de integração no sistema municipal (quando há) é a metade do que ocorre com São Paulo.
“Não vale a pena pagar R$ 3,50 por um ônibus que demora e balança demais. Não vale isso.” – disse a dona de casa Maria Hildária, na mesma fila.
(Fonte da imagem: Adamo Bazani)
Vários protestos estão marcados para ocorrer no ABC Paulista e na Capital contra o aumento.
Panfletos eram distribuídos na tarde desta segunda-feira no centro de Santo André.
Em Mauá, na Grande São Paulo, o primeiro ato vai ocorrer nesta quarta-feira dia 07 de janeiro, às 17 horas em frente à estação de trem. Além do valor da passagem, os organizadores protestam contra o que consideram falta de qualidade dos transportes na cidade que, por opção da prefeitura, voltou no ano passado a adotar o modelo de monopólio dos serviços.
A cidade tinha duas empresas: Viação Barão de Mauá e Leblon Transporte de Passageiros. As duas foram descredenciadas por supostas consultas não autorizadas aos dados sobre o que elas deveriam arrecadar. A sindicância não foi unanimidade nem na própria prefeitura. A procuradoria do município recomendou um novo procedimento, o que não foi seguido pelo prefeito Donisete Braga e pelo então secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio Pereira. O caso ainda é analisado pela justiça.
A empresa Leblon, que não pertencia ao grupo de empresários ligados a Baltazar José de Souza e a Ronan Maria Pinto, também dono do jornal local Diário do Grande ABC, foi retirada de imediato. A Viação Cidade de Mauá, que pertence a Baltazar, foi retirada lentamente pela administração Donisete Braga. A atual concessionária, Suzantur, diz que não tem relação com o grupo, apesar de ocupar uma garagem de Baltazar e operar com ônibus usados de Baltazar José de Sousa e Ronan Maria Pinto, além de ter funcionários e representantes que atuavam para o grupo.
O prefeito Donisete Braga prometeu que toda a frota de Mauá seria nova e acessível até dezembro do ano passado. Dos 248 ônibus novos prometidos, a cidade tem apenas 70. A promessa ficou para fevereiro. A troca dos 300 abrigos de pontos de ônibus também ainda esáa na promessa
Na Capital Paulista, o MPL – Movimento Passe Livre, promete uma manifestação no dia 09 de janeiro em frente ao Theatro Mvnicipal.
As tarifas de trens e metrô também sobem para R$ 3,50 na Capital e Região Metropolitana.
As passagens dos ônibus metropolitanos também vão ter reajustes. Os valores dependem da extensão das linhas e do tipo de serviço (seletivo ou comum). Confira no link:https://blogpontodeonibus.wordpress.com/2015/01/05/confira-os-novos-valores-das-tarifas-intermunicipais-na-grande-sao-paulo/
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Igor Dias